Os últimos meses foram intensos para o Diretor Executivo da ANAFE, Ricardo Wey. Em pouco mais de um ano e três meses, o dirigente liderou a implementação de importantes iniciativas para tornar mais robustos os processos de controles internos e aperfeiçoar diversas áreas da Associação. Em entrevista concedida à TV ANAFE, ele destacou algumas ações incorporadas desde dezembro de 2020, os desafios para evitar retrocessos e as estratégias para avanços institucionais.
Sobre as principais mudanças promovidas desde que assumiu a Diretoria Financeira da ANAFE, agora “Diretoria Executiva”, com a Reforma do Estatuto, Wey detalhou iniciativas como a automação do processo de cálculo e cobrança; organização da cobrança; apresentação à AGO 2021 do primeiro orçamento da história da ANAFE; introdução de regras básicas de integridade; aprovação do planejamento estratégico; definição do organograma da ANAFE; criação de políticas de organização orçamentária, de cobrança, de combate à corrupção, de conflito de interesses e de distribuição de brindes ou outras vantagens, de responsabilidade por material eletrônico; criação de um sistema digital de deliberação 100% virtual, com geração automatizada de resultados; introdução de processo eletrônico; regularização fiscal da entidade; criação da secretaria específica para as representações estaduais, com implantação de um sistema digital para as contas das verbas estaduais; reorganização do gerenciamento dos recursos humanos; promoção da ampla publicidade dos atos e contas da ANAFE aos associados; criação de diversos vídeos tutorias de treinamento, preparando a continuidade da gestão para o próximo diretor executivo.
A busca pela gestão de qualidade é apenas uma das ações adotadas pela Diretoria Executiva. Nos vídeos e textos abaixo, o diretor comenta os principais avanços e desafios da sua área.
PRINCIPAIS MUDANÇAS
“Foi um ano de muitas mudanças. Principal coisa que nos motivou ao longo desse caminho foi a ideia de Gestão de Qualidade. O conceito é baseado em sete princípios. Para a ANAFE eu sempre considerei três ou quatro como mais relevantes considerando nossa realidade. O principal é a decisão baseada em fatos. Outras questões como a visão integrada das áreas, a melhoria contínua e o engajamento das pessoas também estão interligadas”, afirma Wey.
AUTOMAÇÃO
De acordo com o Diretor Executivo, assim que assumiu, notou uma quantidade alta de processos manuais que geravam riscos, especialmente na área financeira. Já no início foi apresentado um projeto de regularização de contas a receber. Após o sucesso dessa proposta, uma norma com as regras de cobrança foi criada.
“A automação faz parte do processo de implantação da Gestão de Qualidade. Ela entra para ajudar a pessoa a não errar ou a ajudar na percepção do erro.” Ricardo usou como exemplo o conceito de Poka-Yoke, que faz parte do sistema Toyota de Produção, cujo objetivo é a prevenção de falhas humanas em processos de trabalho.
Como ações concretas, destacou a organização orçamentária da ANAFE, que até o final de 2021 não existia. Assim, apresentou à Assembleia Geral Ordinária a primeira proposta de orçamento anual, que veio a ser aprovada, para valer em 2022. Também destacou as reuniões e deliberações que, através de sistema desenvolvido com empresa parceira, passaram a realizadas de forma 100% virtual; além do sistema de processos eletrônicos internos da ANAFE.
POLÍTICAS CRIADAS
O dirigente apresentou o arcabouço de políticas institucionais criadas, que são mais um diferencial da ANAFE.
Citou a Política de responsabilidade por material eletrônico da ANAFE – Resolução da Diretoria nº3/2021; a Política de Organização Orçamentária da ANAFE – Resolução da Diretoria nº4/2021; a Política de Cobranças da ANAFE – Resolução da Diretoria nº5/2021; e a Políticas de Combate à Corrupção, de Conflito de Interesses e de Distribuição de Brindes ou outras vantagens – Resolução da Diretoria nº7/2021.
Todas podem ser acessadas na área do associado do site da ANAFE. Confira!
PRINCIPAIS DESAFIOS
“Especialmente questões de Gestão de Qualidade, mapeamento de processos e de auditoria eram conceitos que eu tinha utilizado de forma superficial. Foi muito instigante quando percebi a necessidade e conseguimos implantar alguns desses conceitos na ANAFE. Essas iniciativas levam muito tempo e exigem engajamento contínuo”, afirmou.
Wey avaliou como muito interessante a transformação do teórico para a prática, mesmo com as limitações pessoais e da Associação. Depois de avançar nos aspectos citados, disse ter um sentimento de gratificação ao ver que muita coisa está dando certo. “Gestão de Qualidade só dá resultado quando a gente vê o engajamento”, disse agradecendo a todos nesse período de aprendizado.
Sobre os desafios, considera alterar a cultura corporativa como o maior deles. “Mudar o que sempre se fez e manter a alteração”, esse é o legado que deseja deixar para ANAFE.
PRÓXIMOS PASSOS
Ricardo Wey falou sobre alguns projetos em andamento na Diretoria Executiva como a implantação de um processo de compras dentro do padrão de integridade do mercado. “Outras questões estão em andamento que envolvem o sistema de compliance e LGPD, como o novo Extranet [sistema de gestão interna da ANAFE, utilizado pelos funcionários]. Paralelamente, estamos implantando mudanças de infraestrutura de TI.”
Vista como um diamante da Associação, para ele, a ANAFE Saúde é o avanço deste ano. “É um desafio gigantesco, mas acredito que seja o maior projeto da ANAFE, o maior salto em busca de uma proposta de grande relevância para a Associação. Temos um potencial muito grande. A ANAFE Saúde é o diamante de 2022”, disse.
AUTOGESTÃO EM SAÚDE DA ANAFE
Ao ser questionado sobre sua preparação para estar à frete da ANAFE Saúde, como Diretor de Gestão, o que confere também a função de Presidente, Ricardo Wey, explicou que tem uma formação em Auditoria Interna, Gestão de Qualidade e gerenciamento e mapeamento de processos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Tribunal Regional da 4ª Região e Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.
Além disso, finalizou recentemente, em conjunto com os Diretores da ANAFE, Fátima Mendes e Bruno Felix, aos quais enalteceu o empenho, um curso de Formação em Compliance em Saúde Suplementar, na KPMG. Mencionou ainda sua experiência na Advocacia-Geral da União, onde, desde 2016, atuou com regulação em saúde pública.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final da entrevista, agradeceu o engajamento de todos no projeto e a confiança dos associados, conselheiros, diretoria e colegiado que o ajudaram a colocar em prática as técnicas necessárias para elevar a ANAFE para um outro patamar de integridade, de gestão e de qualidade.
“Foi com base nesses resultados iniciais que acredito que estamos no caminho certo. Vou dar meu máximo para que a ANAFE Saúde, esse diamante a ser lapidado, seja uma joia na coroa da ANAFE”, concluiu.