Evento ocorreu na sede da associação e contou com a presença de representantes das cinco chapas concorrentes ao pleito
Em debate realizado pela Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE) nesta quarta-feira (13), os candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal (OAB/DF) apresentaram suas propostas para a Advocacia Pública Federal, permitindo que a categoria conheça as perspectivas de cada postulante para a gestão da OAB/DF.
Participaram do evento Cleber Lopes de Oliveira, Chapa 10, “A Ordem com Mais Voz”; Cristiane Damasceno Leite, Chapa 33, “Inovar a Ordem”; Everardo Ribeiro Gueiros Filho, Chapa 20, “Coragem para Mudar”; Karolyne Guimarães dos Santos Borges, Chapa 99, “A OAB que Eu Preciso”; e Paulo Maurício Braz Siqueira, Chapa 01, “OAB para Todos”.
No debate, cada candidato teve a chance de se apresentar, trocar perguntas com os demais e responder a questionamentos individualmente.
“Temos a preocupação em valorizar a jovem advocacia. Faremos tudo pela jovem advocacia, que é a porta de entrada da nossa carreira e os jovens precisam ser estimulados, valorizados. Vamos zerar a anuidade nos primeiros cinco anos. Essa é uma proposta séria, responsável, e nós vamos com isso resgatar a autoestima e fazer com que o jovem acredite que é possível e que essa profissão vale a pena. Vamos focar muito na advocacia jovem e também na advocacia com cinco a dez anos de inscrição, porque sentimos que essa advocacia tem sofrido muito”, prometeu Cleber Lopes.
Segundo ele, o compromisso com a Advocacia Público foi cumprido. “Nós tivemos com a Advocacia Pública e ela está representada de maneira maiúscula na nossa chapa. Para ter voz e ter vez é preciso primeiro ter espaço, lugar te fala. É preciso que a Advocacia Pública Federal esteja em posições estratégicas na formação da chapa, para que seus interesses possam ser tratados de maneiras sérias e representa.”
Cristiane Damasceno afirmou que a governança é o ponto central de sua proposta e ressaltou que sua pauta dentro da AGU é realizada com prioridade. “A Advocacia-Geral da União parece militar contra seus próprios membros quando eles não conseguem realizar certas gestões. A pauta da autonomia é a mais importante e não vamos esperar a eleição para resolver isso. Já solicitamos uma reunião com o futuro presidente da Câmara para discutir esse direito.”
“O trabalho que tem sido feito é um trabalho célere e com resultados. Não adianta ficar chorando dizendo que tem que pensar melhor, porque estão pensando há seis anos e não fizeram nada. Tem inclusive Projeto de Lei que saiu da presidência do Tribunal de Contas para que os funcionários do TCU parem de advogar. Isso aí vai ser um efeito cascata. Não vamos deixar nenhum colega sem o direito de advogar, porque o colega não pode ser meio advogado. Nós precisamos resolver isso de uma vez por todas”, pontuou Everardo Gueiros. “Advogado é advogado é tem que ter o direito garantido na Constituição de exercer sua profissão. Tem colegas inclusive que sequer tem uma estruturação de carreira. Nós precisamos resolver isso também”, concluiu.
Paulo Siqueira, também candidato à presidência da Ordem, citou todos os integrantes da Advocacia Pública em diferentes níveis que dão vez e voz para a classe. “Temos trabalhado junto ao Congresso Nacional a valorização da remuneração da Advocacia Pública Federal, não só dos subsídios dos salários em si, que tem Projetos de Lei para poder trabalhar e melhorar essa questão, mas também a questão dos honorários sucumbenciais, que tem sido valorizados, e a gente precisa trabalhar a devida equiparação, até porque estamos todos no mesmo nível hierárquico, temos todos a mesma responsabilidade e é isso que a OAB para todos tem realizado.”
Por fim, Karolyne Guimarães parabenizou a ANAFE pela militância e exemplo que a Ordem deveria seguir. “Nesta eleição, não temos cinco chapas, mas sim dois lados. Um lado criticando o outro e nós, que realmente estamos atentos à ausência da OAB, que não emitiu nenhum ofício ou parecer para órgãos sobre nossos temas de interesse. Sinto a dor dos 99% que são excluídos do sistema da Ordem. Duas pautas que considero primordiais são a remuneração e o projeto de lei que trata da extinção dos honorários advocatícios.” Na ocasião, a candidata comprometeu-se a pedir o arquivamento de projetos de lei que afetam diretamente a classe.
Votações
A seccional faz parte de um projeto piloto da OAB Nacional, que visa implementar a votação online para as eleições. As eleições da Ordem ocorrem no dia 17 de novembro, das 10h às 18h, por meio de uma plataforma eletrônica, conforme edital divulgado pela instituição.
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