Evento contou com palestra sobre sustentabilidade do Pantanal
A noite de quinta-feira (7) marcou a solenidade de abertura do 8º Congresso Nacional dos Advogados Públicos Federais (CONAFE). O evento contou com uma apresentação especial de Siriri Cuiabano, dança tradicional de Mato Grosso que reflete a mistura de influências indígenas, africanas e portuguesas. Além disso, os participantes também conferiram uma palestra exclusiva sobre “Bioma Pantanal: sustentabilidade e proteção jurídica“, trazendo à tona a importância e os desafios na preservação deste ecossistema único.
O CONAFE é o principal encontro da Advocacia Pública Federal no Brasil, reunindo colegas de todas as regiões para fortalecer a atuação conjunta, fomentar o debate construtivo e proporcionar amplas oportunidades de aprendizado e networking.
“O ano de 2024 foi um ano duro, difícil, mas também de muitas conquistas para a AGU. Tivemos a oportunidade de nomear 530 novos colegas e temos o compromisso de, no ano que vem, empossar o restante dos aprovados. A ANAFE e outras associações também aqui presentes foram muito importantes nesse processo, tanto na negociação salarial – aqui quero, de público, reconhecer a importância da ANAFE, sempre leal e compreensiva com a posição da gestão da AGU e do MGI”, pontuou Junior Fidelis, Adjunto do Advogado-Geral da União.
Em seu discurso, ele parabenizou a gestão de Sérgio Montardo, que está se encerrando, e celebrou a chegada de Vitor Chaves, esperando novas melhorias na Advocacia-Geral da União.
“Em todo esse tempo de atuação, nunca tinha me sentido tão dentro de um espírito coletivo de efetiva solução dos problemas do povo brasileiro. Estamos pensando nas reais necessidades das pessoas para suas vidas. A ideia de solucionarmos problemas precisa ser uma inspiração gigante para o nosso dia a dia”, afirmou Clarice Calixto, Secretária-Geral na Advocacia-Geral da União.
“O CONAFE começa bem, já com a notícia trazida pelo Fidelis, de que estamos unidos e integrados para que a Lei Complementar seja revisada. Temos hoje 348 colegas presentes nesse evento. E ele não foi construído da noite para o dia – foi construído por colegas que tinham uma ideia de produzir pautas integradas associativas. Há quem diga que 2024 foi um ano desafiador para nossa instituição, mas aprendemos que, para que as coisas aconteçam no seu tempo, é preciso ter a capacidade de resolver e confiar em soluções”, celebrou Sérgio Montardo, presidente da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE).
“Começo a minha fala trazendo um pouco do que o Sérgio falou. 2024 foi um ano muito duro e só conseguimos passar bem por esse período porque somos uma associação que de fato representa sua Base e que trabalha coletivamente. E esse foi o espírito que guiou nossa diretoria. Esse trabalho conjunto não seria possível sem a liderança do Sérgio. É fundamental reconhecermos isso. Ainda temos muito pela frente, mas podemos dizer que vamos terminar muito bem este ano. Somos uma associação com mais de 4500 associados, que representa mais de 80% dos procuradores do Banco Central, congrega quase 80% dos procuradores federais ativos, mais de 20% dos Procuradores da Fazenda Nacional e mais de 15% dos Advogados da União. Crescemos na pluralidade e esse é nosso maior mérito e o nosso maior desafio”, completou Vitor Chaves, Procurador Federal e Presidente eleito da ANAFE para o biênio 2025-2026.
Chaves propôs a transformação das coordenações de carreira e da diretoria de aposentados e pensionistas em vice-presidências, que aumentem a capacidade de resolução das demandas específicas de cada grupo dentro de um ambiente integrado.
Bioma Pantanal: sustentabilidade e proteção jurídica
Uma palestra conduzida pelo Procurador Federal e Pós-Doutor em Direito Público, Marcelo Kokke, sobre “Bioma Pantanal: sustentabilidade e proteção jurídica”, encerrou a solenidade. Kokke explorou os efeitos transversais da crise ambiental, destacando como as alterações no Pantanal impactam diretamente a atuação da Advocacia-Geral da União (AGU) em diversas frentes.
Na exposição, advogados públicos federais puderam compreender não apenas os aspectos legais, mas também as questões de sustentabilidade e a necessidade de proteção ativa do Pantanal.
“Não basta buscarmos responsabilizar, precisamos ir contra a estrutura da produção do dano. Meu convite a cada um de vocês, para este ano e os que virão: sejamos cada vez mais antifrágeis”, disse.
Em breve, divulgaremos o vídeo completo.