O projeto de aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avançou nesta quarta-feira, 09, na Câmara dos Deputados, com a aprovação da proposta na Comissão de Trabalho. Os Deputados analisaram dois projetos enviados pelo Supremo, em 2010 e em 2011, e fixaram o valor do salário em R$ 32.147,90, retroativo a 1º de janeiro deste ano.
Um dos projetos originais previa o salário de R$ 30.675,48, para vigorar a partir de 1º de janeiro de 2011, e o outro mais um reajuste de 4,8%. O salário fixado aprovado significa um aumento de 20,29% aos atuais vencimentos de R$ 26.723,13.
Na carona do aumento dos ministros do Supremo, o procurador-geral da República também teve a aprovação de projeto reajustando seu salário para o mesmo valor na Comissão do Trabalho. Os reajustes têm efeito cascata em todos os salários do Judiciário e do Ministério Público.
O Governo não impediu a votação do projeto. “Tem orçamento previsto para isso”, disse o vice-líder do governo, Luciano Castro (PR-RR). Ele foi o relator e deu parecer favorável ao projeto de reajuste salarial para o Ministério Público. Tanto Castro quanto o relator dos projetos de reajuste salarial do Supremo, Deputado Roberto Santiago (PSD-SP), consideraram defasada a remuneração dos ministros e dos integrantes do Ministério Público. Eles argumentaram que os valores atuais são de janeiro de 2009, quando houve o último reajuste salarial.
“O Governo não parece preocupado com a evasão da nossa carreira e conforme estamos vendo, a necessidade de mobilização dos membros da AGU é nítida e inevitável, sob pena de vermos o fosso salarial existente entre nossa carreira e as demais carreiras jurídicas federais aumentar ainda mais. Sem mobilização não será possível mudar esta realidade”, afirma o Diretor-Geral da UNAFE, Luis Carlos Palacios.
Com informações da Agência Estado