Em conversa, o candidato afirmou que quem sustenta a cidade são os servidores públicos. “Não valorizar esses profissionais é uma burrice. Podem contar comigo para defesa total.”
Há 62 anos, Brasília nasceu como uma cidade promissora, acolhendo pessoas de todo país, gerando empregos e mudando a realidade de muitas famílias. Ao longo dos anos a capital cresceu, a população expandiu e hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abriga mais de 3 milhões de habitantes. Com isso, surgem também os problemas estruturais e de gestão em áreas essenciais para o desenvolvimento social: infraestrutura, saúde, segurança e educação. Nessa segunda-feira (29), o Café com Política, projeto desenvolvido pelo Sindilegis, Sindjus e ANAFE, recebeu o candidato Paulo Octávio, atual presidente do PSD em Brasília.
Antes do debate transmitido ao vivo pelos canais do YouTube das entidades, o candidato participou de um café com diversos membros de entidades relacionadas ao serviço público. A Vice-Presidente da ANAFE, Luciana Hoff, agradeceu a participação do postulante. Os representantes da Comissão da Mulher da Associação, Herta Rani Teles e Osiris Vargas, questionaram sobre as propostas em prol da igualdade de gênero e entregaram o documento elaborado pelo grupo nesse sentido. Em resposta, Paulo Octávio se comprometeu a estudar o documento da Comissão da Mulher e ajustar seu plano de governo.
Esta é a primeira vez que o empresário se candidata ao governo do DF, apesar de ser ex-vice-governador. Para ele, Brasília dispõe de muitos recursos mal geridos, o que causa sérios problemas na área da saúde, por exemplo. Atualmente, são cerca de 24 mil pacientes em fila de espera por cirurgia na rede pública, além de questões graves como falta de insumos hospitalares para pequenos e grandes procedimentos. Um dos planos do candidato Paulo Octávio é a construção de dois novos hospitais, no Recanto das Emas e em São Sebastião, além de metas para valorização dos profissionais da saúde e estratégias para acelerar os atendimentos. “No meu governo não vai ter fila para procedimentos cirúrgicos, nem no Cras. Quero fazer imediatamente um mutirão de cirurgias, valorizar as policlínicas como atendimentos iniciais e trabalhar com uma gestão contínua na Saúde”, afirmou o candidato que pretende ainda manter o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES) em funcionamento, com ações que otimizem gestão e resultados.
Dentre as propostas do candidato, a geração de empregos é uma das prioridades, já que também reflete em questões importantes como segurança e bem-estar da população. Para ele, cidadãos empregados estão mais comprometidos com o próprio futuro, com a família e com o desenvolvimento pessoal, o que pode auxiliar na diminuição de taxas de criminalidade na capital. “Minha meta é gerar 100 mil empregos em 4 anos de mandato, isso com ajuda do governo, da iniciativa privada e das instituições. Cidade sem segurança não cresce nem desenvolve e estamos enfrentando questões sociais gravíssimas por causa desse contexto intensificado pelas consequências da pandemia”, analisou.
A valorização do servidor público também foi pauta da conversa com o empresário Paulo Octávio que enxerga a classe desmotivada e sem autoestima, fatores que impedem o crescimento econômico e o desenvolvimento social, afetando, inclusive, setores importantes como a educação. Para o candidato, a área necessita de uma revolução, além de maior participação da sociedade civil, com projetos que envolvam escolas e universidades no contexto da família e das necessidades da população. O candidato afirmou ainda que pretende manter as escolas militarizadas durante um tempo para avaliar a real eficiência.
Ao ser questionado sobre infraestrutura, Paulo Octávio inclui em suas metas a criação de um VLT para integrar mais as cidades, além de deslocar empregos para outras cidades do Distrito Federal, visando desafogar a mobilidade para o Plano Piloto. “A expansão do metrô é necessária. A infraestrutura ativa a economia, gera empregos e o Brasil carece disso”, apontou.
Paulo Octávio acredita que Brasília reúne todas as condições de ter um polo logístico, pois é um ambiente seguro para investimentos, com bom clima, boas universidades, bons hospitais, além de ser o centro da América Latina, o que facilita a distribuição de produtos e serviços. Por isso, pretende ainda manter relações positivas com as embaixadas para movimentar investimentos e atrair multinacionais. O empresário se coloca contra a reeleição e, se assumir o cargo, pretende trabalhar durante apenas um mandato.
Natural de Minas Gerais e empresário no ramo da construção civil e do setor imobiliário, Paulo Octávio propôs 55 metas que foram entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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