A Diretora de Assuntos Institucionais Adjunta da ANAFE, Carolina Augusta de Mendonça Rodrigues, participou como ministrante da IV Oficina de Audiovisual e de Direitos Indígenas – Cine Sin Fronteras: “Direito ao Nome”, realizada nos dias 9 e 10 de abril de 2025, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. A atividade integrou a programação do Acampamento Terra Livre (ATL) 2025 e foi promovida pela ASCURI – Associação Cultural de Realizadores Indígenas, em parceria com a FUNAI e PFE-FUNAI.
Voltada a lideranças indígenas de todo o país, a formação abordou os impactos da nova Resolução Conjunta CNJ/CNMP nº 12/2024, que possibilita a inclusão do nome indígena, da etnia e da terra indígena no registro civil de nascimento. Além disso, a oficina promoveu o uso crítico das redes sociais como ferramenta de fortalecimento da luta indígena.
“A gente percebe que os indígenas vêm para cá reivindicar seus direitos, mas nem sempre estão atualizados sobre as questões jurídicas que permeiam essa luta. A oficina é uma oportunidade para dialogar, orientar e fortalecer a atuação desses líderes a partir de uma perspectiva jurídica e intercultural”, afirmou Carolina Augusta.
FORMAÇÃO E METODOLOGIA
Com apoio da ANAFE, do CIMI, do MESPT/UnB, da Native Brigade e do Memorial dos Povos Indígenas, a atividade foi dividida em dois dias. No primeiro, os participantes receberam informações sobre política indigenista, direito ao nome e identidade étnica. No segundo, foram introduzidos a ferramentas básicas de audiovisual e participaram de exercícios práticos com celulares, voltados à produção de vídeos sobre o tema.
A metodologia incluiu dinâmicas interativas, exposições teóricas, exibição de conteúdos produzidos por comunicadores indígenas e debates críticos sobre o uso das redes sociais na articulação política das comunidades.
COMPROMISSO COM OS DIREITOS DOS POVOS ORIGINÁRIOS
O apoio da ANAFE à oficina reafirma o compromisso da entidade com a promoção dos direitos dos povos indígenas e com a construção de pontes entre o saber jurídico e os saberes tradicionais. A atividade contribui para o fortalecimento da litigância estratégica indígena e da comunicação como ferramenta de resistência e afirmação identitária.