O jornal “Correio Braziliense” publicou, nessa quinta-feira (26), o posicionamento da ANAFE deste momento de crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus. Na matéria, o presidente da Associação Marcelino Rodrigues defendeu a valorização do serviço público e apresentou medidas de enfrentamento do período recessivo.
De acordo com Rodrigues, grande parte dos servidores públicos continuam realizando suas atribuições e que não tiveram nenhuma redução no tempo ou na carga do trabalho, em especial os membros da Advocacia-Geral da União (AGU).
Sobre eventuais propostas de redução de salários de servidores, ele destacou a iniciativa da AGU de dar prioridade aos processos relacionados ao coronavírus, o que vai totalmente na contramão de uma proposta de corte salarial.
“A fala do Maia é muito mais para inglês ver. Ele mesmo fala que é simbólico, pois, efetivamente, isso não vai solucionar nada. A ordem de investimento é de centena de bilhões de reais. Se você conseguir R$ 2 bi com servidores, vai ser muita coisa”, argumentou.
Ao citar outros países, o presidente explicou que no Reino Unido estão garantindo salário. Nos EUA, uma renda básica. E no Brasil, eles estão falando em corte quando os especialistas pedem fomento da economia.
“A gente continua pagando funcionários, escola dos filhos. E com corte, você também vai deixar de pagar serviços. E sabemos que existem outras possibilidades. Taxar os bilionários de lucro líquido de 10% no último ano, chega a R$ 200 bi de economia para direcionar. É muito mais efetivo que tratar da questão do servidor público. Isso é só uma continuidade da conversa da reforma administrativas, quando estamos precisando de medidas anticíclicas”, ressaltou.
CONTRIBUIÇÃO
O presidente da ANAFE destacou, ainda, que servidores devem fazer mobilização nas redes, “para demonstrar esse desacerto nessas medidas, dessas propostas”. E, também, ajudar na proposição. “Temos muita gente qualificada, juristas, economistas, e devemos efetuar uma lista de sugestões que possam resolver. Ninguém vive 4 meses sem salário. Estão sufocando a economia. Temos a posição de que (os políticos) devem seguir a mesma lógica é aplicada aos trabalhadores.”
A edição impressa do Correio Braziliense desta sexta-feira (27) também destacou o posicionamento da ANAFE. Clique aqui e confira!