A ANAFE realizou, nessa quarta-feira (7), a palestra “CNV no Setor Público: Expressar, Ouvir e Conectar”, com transmissão ao vivo pela Área do Associado. O encontro contou com a participação da advogada, gestora pública, mentora e especialista em Comunicação Não Violenta (CNV), Lázara Carvalho.
A proposta teve como objetivo fortalecer a comunicação interpessoal e institucional como base para ambientes mais colaborativos, democráticos e funcionais no serviço público.
Na abertura, a Diretora de Assuntos Institucionais da ANAFE, Renata Azevedo, destacou a importância do tema: “Damos início a este momento promovido pela ANAFE, que hoje é referência associativa quando o assunto é construção coletiva, diálogo, escuta e respeito. É justamente sobre esses pilares que se estrutura o tema que nos une hoje: a Comunicação Não Violenta.”
Segundo Renata, refletir sobre formas mais empáticas e respeitosas de comunicação é urgente diante dos constantes desafios institucionais e relacionais. “Num ambiente associativo em que convivem diferentes vozes, trajetórias e perspectivas, cultivar uma comunicação que privilegie a escuta ativa e o reconhecimento mútuo é essencial para fortalecer vínculos, prevenir conflitos e potencializar a construção coletiva.”
Ao longo da palestra, Lázara Carvalho explicou que a CNV não significa evitar conflitos, mas sim transformá-los com empatia. “Comunicação Não Violenta não é passividade. É assertividade com compaixão.”, afirmou.
Ela ainda refletiu sobre os desafios da comunicação no contexto público e associativo: “É uma honra estar aqui para este diálogo. Mesmo quando nos aplicamos, muitas vezes sentimos cansaço, especialmente ao lidar com o senso de justiça, algo difícil de encontrar. Justiça precisa ser uma construção coletiva — e isso nem sempre é simples. A falta de uma linguagem assertiva contribui para a confusão.”
A palestrante destacou dados do Fórum Econômico Mundial, que apontam a comunicação como uma das cinco competências mais relevantes para o futuro do trabalho. Entre os impactos organizacionais positivos, citou o aumento da produtividade, a melhoria do clima no ambiente de trabalho e o fortalecimento da liderança, da colaboração e da inovação.
Durante a apresentação, foram explorados os quatro componentes da CNV:
• Observação: descrever fatos sem julgamentos;
• Sentimentos: expressar emoções com clareza;
• Necessidades: relacionar emoções às necessidades universais;
• Pedidos: formular solicitações claras e viáveis.
Lázara também incentivou os participantes a aplicar a CNV no cotidiano:
• Praticar em todas as interações diárias;
• Compartilhar os princípios da CNV para ampliar seu impacto;
• Utilizar recursos disponíveis para aprimorar a comunicação.
A conversa abordou fundamentos teóricos e aplicações práticas da Comunicação Não Violenta, com foco na escuta ativa, na expressão assertiva e na construção de vínculos institucionais por meio da linguagem — inclusive no contexto jurídico e associativo.
A palestra completa está disponível na Área do Associado. Clique aqui e assista!