Live ocorreu nessa segunda-feira (7). Confira!
Numa conversa na última segunda-feira (7), a Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE) recebeu o Procurador-Chefe da Procuradoria Federal junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Daniel Tostes, para debater temas relacionados à autogestão em saúde.
Os planos de saúde de autogestão, o papel do conselho deliberativo e a importância da participação da ANAFE Saúde nas decisões foram os principais pontos de debate, tendo em vista o edital n° 26, que estabelece a seleção de dois Conselheiros Deliberativos da ANAFE Saúde.
Na ocasião, Daniel falou um pouco sobre o Marco Regulatório da agência, os riscos que o setor pode correr e quais são os instrumentos que a ANS dispõe para fiscalizar a saúde, fazendo com que o plano siga por mais tempo. Além disso, o especialista também deu dicas aos futuros colegas, conscientizando sobre a participação no processo.
“Parabenizo a ANAFE por ter instituído uma autogestão, uma iniciativa clara e bem-sucedida. Na autogestão, a importância está em nos debruçarmos na escolha dos representantes, que, no momento, nos é dada de maneira bem ampla, mas também em trazer todas as informações necessárias, evitando qualquer questão que aflige uma operadora comum de planos de saúde”, esclareceu Tostes.
“Um dos principais desafios do futuro e do próprio presente é a tábua de envelhecimento da sociedade brasileira, conforme o IBGE. Isso nos assusta, mas nos permite ter um olhar mais subjetivo sobre o problema. Temos um crescente custo na saúde, com a tecnologia avançando de maneira galopante; no entanto, isso traz algumas preocupações para os planos de saúde: nossa base de financiamento é o mutualismo. É importante que os mais jovens financiem a saúde dos mais idosos, por isso a importância de nos reunirmos e termos conhecimento de como a ANS enxerga a autogestão”, completou.
Daniel reforçou que o Estado precisa ter um olhar forte para prevenir riscos que já estejam monitorados na prestação de serviços no país. “Hoje, para se fazer a autorização de um plano de saúde, é necessário o aval da ANS. Com a ANAFE Saúde, não foi diferente. Montou-se uma sinergia com a ANS, e há uma necessidade de cuidado com diversas e complexas regras. Por isso, a operação precisa estar bem estruturada, sem comprometer os beneficiários.”
A mediação ficou a cargo do representante estadual da ANAFE no Rio de Janeiro, Ronaldo Rios Albo Júnior, Procurador da Fazenda Nacional e ex-especialista em regulação de saúde suplementar da ANS. Juntos, Ronaldo e Daniel falaram sobre risco de mercado, precificação adequada de planos de saúde e manutenção da qualidade para as redes de beneficiários, assim como a importância do conselho fiscal e da administração na autogestão.
“Precisamos de um plano cada vez mais voltado para a gestão de saúde de forma preventiva, para que consigamos retardar a implementação de custos, garantindo que o bem-estar do usuário permaneça em alta qualidade. Não adianta acharmos que o SUS ou o plano de saúde vai gerenciar a nossa saúde melhor do que nós mesmos”, pontuou Ronaldo.
“Quem for se candidatar precisa compreender o setor e entender o modelo de atenção ainda muito hospitalar que temos. É essencial focar em linhas inovadoras de cuidado”, finalizou Daniel.
📹 Clique aqui e confira o vídeo completo!