Nesta quarta-feira (21), a Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE) realizou uma reunião aberta para debater as atualizações sobre a negociação com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI). O encontro contou com a participação de mais de 300 membros das quatro carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) de todo o país.
Os Advogados Públicos Federais aguardam há 56 dias por informações sobre negociações e por respostas aos pleitos das categorias. A única mesa com MGI ocorreu em 26 de junho de 2024 e a última reunião oficial com o Advogado-Geral da União ocorreu em 20 de junho de 2024, sem avanços concretos.
Durante o encontro, o Presidente da ANAFE, Sérgio Montardo, destacou que, até o momento, não houve nenhum tipo de proposta concreta por parte do governo. “Esperamos nos reunir com o Advogado-Geral da União o mais breve possível para entender o que está sendo negociado de fato. A situação é alarmante, e há o risco de sermos apresentados a uma proposta de ‘pegar ou largar’, apesar de tentarmos negociar há semanas”, afirmou Montardo.
Ele também ressaltou a indicação de medidas mais incisivas sobre a operação padrão em vigor: “Estamos considerando a suspensão de algumas atividades. Nesta quinta-feira, será dia de debates internos sobre as ações e perspectivas postas. Nosso desafio é apresentar o cenário da maneira mais transparente possível.”
Além de Montardo, participaram da reunião da sede da ANAFE, o Diretor de Assuntos Institucionais, Vitor Chaves, a Diretora Parlamentar, Carmen Arrata, e a Diretora Executiva, Gabriela Figueiredo, que esclareceram dúvidas e ouviram sugestões e preocupações dos associados e associadas.
Lademir Rocha, ex-presidente da ANAFE, também participou do debate e fez um apelo por mobilização: “Ficamos seis anos sem nenhum reajuste e lutamos para não sofrer retrocessos na estabilidade. Tivemos conquistas importantes, como a questão dos honorários, mas isso trouxe desafios, como manter a mobilização dos colegas. Agora, enfrentamos o risco de passar mais dois anos sem reajuste. Essa é uma obrigação que precisa ser cobrada, afinal, outras carreiras essenciais à justiça já obtiveram respostas positivas.”
Ao fim da reunião, Vitor Chaves e Sérgio Montardo convocaram os associados a se mobilizarem: “Não teremos outra oportunidade. Nessa reta final, precisamos atuar em favor da valorização da advocacia pública federal e pedimos a todos que se engajem para as próximas ações.”