Em live nessa quarta-feira (7) associados compartilharam experiências e indicaram obras para educação financeira
Os servidores que planejavam migrar do Regime Próprio de Previdência Complementar (RPSS) para o Regime de Previdência Complementar (RPC) tiveram até o último dia 30 de novembro para trocar. Em live da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE), realizada nessa quarta-feira (7), associados trocaram experiências e esclareceram dúvidas dos colegas.
O Procurador Federal, Carlos Marden, foi um dos participantes do bate-papo e optou por migrar e não aderir. Durante a live, Marden compartilhou experiências pessoais e apontou que a opção de migrar foi também para garantir o Benefício Especial. “Entendi que assim eu fugiria da imprevisibilidade, ficaria menos refém e teria possibilidade de planejar pelo menos uma melhoria na minha qualidade de vida antes do limite mínimo de aposentadoria previsto em lei”, explicou.
O Procurador optou por não aderir à Funpresp pois, na visão dele, é um regime vinculado à imprevisibilidade das Reformas Previdenciárias. Para Marden, é possível juntar mais dinheiro investindo por fora, mesmo com a contribuição da União. “Quem fica fora da Funpresp ainda vai terminar com mais dinheiro do que quem fica dentro, mesmo que a União continue dobrando a contribuição. Ao longo do tempo, com os juros compostos, o que importa é a rentabilidade e não os aportes em si”, explicou.
A mesma opção foi escolhida pelo Procurador da Fazenda Nacional, Leonardo Pereira Guedes que também participou da live. O primeiro passo, segundo o servidor, é ter uma base de educação financeira para compreender a própria realidade e saber administrar os próprios investimentos. “Se você não tem intimidade com o seu dinheiro e educação financeira, não abandone a previdência que está ou, se abandonar, adira à Funpresp”, indicou.
Guedes migrou e quis fazer a própria previdência no mercado financeiro. Portanto, preferiu diversificar investimentos. “Tentei analisar tudo de forma que pudesse me proteger de imprevisibilidades no futuro. Gosto que meus investimentos me deem liberdade e opções. Se eu aderisse, me limitaria a um investimento só e me sinto correndo mais riscos assim, concentrando em apenas um fundo”, explicou.
A live foi conduzida pelo Coordenador de RPC da ANAFE, Bruno Félix e contou com dicas de literatura para administrar finanças. Dentre os livros sugeridos pelos participantes esteve “Pai Rico Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki e Sharon L. LechteR; “Como Fazer Fortuna com Ações”, de Décio Bazin; “A Psicologia Financeira”, de Morgan Housel; “O Investidor de Bom Senso”, de John Bogle; “Previdência Particular – A nova aposentadoria”, de Marcos Silvestre; “Tesouro Direto – A nova poupança”, de Marcos Silvestre; “Investimentos”, de Mauro Halfeld; “Adeus Aposentadoria”, de Gustavo Cerbasi.