A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio da readequação de estrutura física em Niterói (RJ), promoverá uma economia aos cofres públicos de cerca de R$ 900 mil anuais que antes eram gastos com locação de parte de um imóvel.
A ação foi possível após um estudo dos fluxos de trabalho da Procuradoria-Seccional da União (PSU) e da Procuradoria-Seccional Federal (PSF), ambas de Niterói (RJ). As unidades ocupavam três pavimentos de um prédio, o 7º e 8º, que sediavam a PSF, e o 11º, onde funcionava a PSU. Com a mudança, o 11º andar, com área de 800 m², foi devolvido ao proprietário e as unidades passaram a utilizar apenas os outros dois andares de forma compartilhada.
A superintendente regional de administração da AGU no Rio de Janeiro, Margarette Brites Barboza, explica que foi preciso readequar todo o layout das unidades e também retirar todo o material e mobiliário obsoleto para só então iniciar as modificações. “O avanço do processo eletrônico e a implementação da política de compartilhamento de espaços e de serviços entre as unidades da AGU têm resultado em menores demandas por espaço físico”, explicou Barboza.
Além do valor economizado com o aluguel, outros gastos embutidos também deixarão de ser pagos, como a taxa de condomínio – que girava em torno de R$ 20 mil por mês – e a tarifa de energia elétrica referentes ao andar desocupado. “O enxugamento das estruturas visa promover não só a economia financeira, mas também melhorar a eficiência dos trabalhos nas unidades, e cabe ressaltar que toda essa readequação foi feita sem a paralisação dos serviços e sem a interrupção dos prazos judiciais”, comentou a superintendente.
O processo da devolução do pavimento gerou um volume de cerca de 800 quilos de papel que estavam armazenados, os quais foram descartados em parceria com uma cooperativa de catadores de Niterói (RJ).
Nova diretriz de racionalização de gastos
As mudanças promovidas no âmbito da PSU e PSF de Niterói (RJ) não são um caso isolado, mas fazem parte de uma diretriz da atual gestão da AGU, que vem sendo operada em conjunto com a Secretaria-Geral de Administração (SGA). “O intuito é redirecionar as despesas para que a gente tenha maior eficiência no gasto”, afirmou o secretário-geral de administração da AGU, Márcio Bastos Medeiros.
A ideia da atual gestão é racionalizar os gastos. Para isso, a exemplo do que foi feito em Niterói, a SGA está entrando em contato com as unidades em todo o país e debatendo formas de promover essa racionalização. “A gente precisa utilizar nosso orçamento para dar as melhores condições para a prestação de serviço dos nossos membros – advogados e procuradores – com o apoio dos nossos servidores”, pontuou Medeiros.