A cerimônia está marcada para as 9h30min, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Adams substituirá José Antônio Dias Toffoli, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Até ontem à tarde, Adams ainda se revezava entre as reuniões com o presidente – foram duas com intervalo de uma hora – e o trabalho que desenvolvia na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão que chefiava desde 2006. Adams ingressou na carreira do Ministério da Fazenda em 1993. Pela primeira vez, o advogado-geral é ligado às carreiras de defensores da União, atendendo a uma antiga reivindicação da classe.
Para a missão à frente da AGU, o novo advogado-geral contará com o respaldo da União Nacional dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe). O lobby mais influente, contudo, partiu de ministros próximos a Lula, como o titular da Fazenda, Guido Mantega, e o do Planejamento, Paulo Bernardo. Bem relacionado no setor empresarial e objetivo nas ações, Adams chega ao cargo de defensor do governo com um histórico de atuações no Executivo, apesar de não manter vínculos políticos.
– Ele tem uma excelente força de trabalho. É uma pessoa de posições definidas e diretas. Essa transparência vem em nosso benefício – afirma o diretor-geral da Unafe, Rogério Vieira Rodrigues, que chegou a encaminhar uma carta ao presidente Lula defendendo a indicação do gaúcho.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1987, Adams nunca atuou no setor privado. Sua vida profissional teve início em Santa Catarina, para onde se mudou logo depois de formado. A primeira experiência foi como assessor jurídico da Câmara de Vereadores de Florianópolis. Em seguida, passou em concurso do Tribunal Regional do Trabalho. Atuou ainda como professor de Direito Tributário na Universidade do Vale do Itajaí. Amigos que desfrutam de sua convivência acreditam que o gaúcho irá imprimir uma nova dinâmica à AGU.
– Adams não é um simples burocrata. Ele é um profissional de carreira que vai conduzir a AGU com outro ritmo – afirma Rodrigues.
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