Um interlocutor do Ministério da Fazenda amenizou as declarações do ministro no Senado e frisou que Mantega está preocupado é com a aprovação de projetos como o do senador Paulo Paim (PT/RS), que derruba o fator previdenciário — que possibilita descontos nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — e não com as MPs que já foram negociadas e estão previstas no orçamento.
Apesar de esses reajustes estarem garantidos, os servidores terão dificuldade para conseguir qualquer outro benefício. A ordem do Palácio do Planalto é evitar a criação de gastos extras, seja por meio da inclusão de emendas nas medidas provisórias em tramitação, seja pela aprovação de projetos de lei de autoria de deputados e senadores.
Em momento de crise, em que o Executivo ainda não sabe qual será o impacto sobre a arrecadação de impostos, será necessário cautela para evitar grandes cortes no Orçamento. Mas uma coisa é praticamente certa.
A equipe econômica vai revisar os parâmetros econômicos do Orçamento de 2009 e ajustes serão necessários. O próprio Governo, que trabalhava com uma expansão econômica de 4,5% para 2009, já admite que o país deverá crescer entre 3,8% e 4%.