O Ministro deixou claro que a decisão do corte de ponto partiu do Presidente Lula, sem espaço para contraponto por parte do AGU, mas sinalizou que o assunto pode ser tratado de forma técnica, sendo analisados os ofícios e requerimentos que chegarem à AGU. Ele ainda ressaltou que o caso foi encaminhado à Consultoria-Geral da União para avaliar, juridicamente, algumas objeções e soluções propostas como compensação de horas e a impossibilidade do corte em datas anteriores à publicação da decisão do Ministro do STF, Gilmar Mendes, o que ocorreu em 15 de abril. Segundo o AGU, se houve corte de ponto de datas anteriores a 9 de abril, isso constituiria abuso de autoridade.
A UNAFE registrou a falta de critério adotada nos cortes de ponto de Advogados Públicos, que causou perplexidade. Mas esta posição da UNAFE não foi novidade para o Ministro, que já havia recebido o ofício encaminhado pela entidade pedindo medidas para reverter a situação.
Outros assuntos também foram tratados na reunião. Sobre a greve por melhores salários, Toffoli declarou que ela teria sido inoportuna, pois aconteceu em um momento de negociação de redução de despesas e sem que houvesse, ainda, aprovação do orçamento. Entretanto, o AGU garantiu que permanece firme na defesa da tabela apresentada no Aviso Ministerial encaminhado ao Ministério do Planejamento, mas o impasse entre os dois ministérios continua sem solução.
O Congresso das Carreiras Jurídicas também esteve em pauta. O Ministro Toffoli foi enérgico em dizer que as entidades que representam os Advogados Públicos e que não apóiam o Congresso devem declarar o fato oficialmente, para que as marcas destas entidades sejam retiradas do material publicitário do evento.