Tão logo a UNAFE tomou conhecimento da tentativa de imputar a responsabilidade ao Advogado Público pela juntada de documentos apresentados pela Administração, a entidade de classe que representa todas as carreiras da Advocacia Pública Federal reagiu firmemente. Contactou-se o colega e preparou-se nota de desagravo encaminhada, entre outros, à AGU, à PGF e à OAB, movimentando ainda toda a estrutura de assessoria jurídica, de imprensa e parlamentar da entidade em prol do membro da carreira.
A repercussão da atuação da UNAFE foi imediata, inclusive entre colegas que afirmaram já ter passado por situações similares. Mais, serviu de estímulo a outros Advogados Públicos para denunciarem à entidade as violações às suas prerrogativas e à sua autonomia cometidas por juízes e servidores, que já estão sendo também analisadas pela Diretoria Colegiada e pela assessoria jurídica da associação.
A UNAFE espera que a situação tenha ficado, enfim, esclarecida para o parlamento e para toda a sociedade. Espera ainda que tenha conseguido atingir um de seus maiores objetivos, de defesa das prerrogativas da Advocacia de Estado, na pessoa do Advogado Público Federal Paulo Roberto Araújo, que continuará sendo assistido pela entidade até a conclusão do caso.
Após esses fatos, no entanto, cada Advogado Público é chamado também a refletir sobre a medida exata de sua responsabilidade, especialmente ante a falta de uma Lei Orgânica que lhe dê garantias para o escorreito exercício de sua função, de singular importância para toda a sociedade.
Ao que parece, para a Advocacia Pública, a responsabilidade tem chegado antes da autonomia. A responsabilização, pois, antes do poder de decisão.