"Hoje, nós temos uma situação em que os trabalhadores do setor público, seja federal, estadual ou municipal, não têm o direito à negociação coletiva. E isso cria uma situação em que várias mobilizações e pressões acabam sendo feitas para se abrir o processo de negociação. Nós queremos a regulamentação, a institucionalização da negociação coletiva no setor público, para que possamos garantir negociações permanentes, ou seja, todo ano. Para que possamos, por exemplo, discutir a data-base, como existe hoje no setor privado", disse Arthur Henrique, em entrevista depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, acompanhado de outros dirigentes da CUT.
Indagado sobre a discussão em torno da regulamentação do direito de greve de funcionários públicos, o presidente da CUT respondeu: "Nós chegamos a colocar que é um absurdo se querer falar em regulamentar a greve se não se regulamenta nem a negociação coletiva. Então, o presidente acabou concordando e orientando os ministros no sentido de enviar a Convenção 151, abrir o processo de regulamentar a negociação coletiva e, aí sim, depois disso, regulamentar a greve".
Também participaram da reunião, segundo informou o presidente da CUT, os ministros da Previdência, Luiz Marinho; do Trabalho, Carlos Lupi; do Planejamento, Paulo Bernardo; e da Secretaria Geral, Luiz Dulci.