Inicialmente a UNAFE colocou-se contrária à transposição dos advogados de empresas públicas para a carreira de Procurador Federal face à diferença entre os regimes jurídicos a que estão submetidos, bem como por ser contrária a alterações bruscas na competência e estrutura das carreiras da AGU. Outra preocupação da entidade é com a possibilidade dessa emenda poder dificultar a aprovação do anteprojeto, de fundamental importância para a sociedade.
Informou então a Associação dos Advogados da Caixa Econômica Federal que a emenda, de que tomaram ciência somente no início de abril, não é de sua autoria. Esclareceu a entidade que embora ainda não tenha consultado seus associados, à primeira vista a maioria parece favorável ao pleito, pois implicaria no aumento de prerrogativas e garantias para os seus membros, inclusive com a instituição da remuneração por subsídio. Afirmou-se, ainda, que realmente há reunião ainda nesta data com o Advogado-Geral da União para tratar do assunto, para a qual a ADVOCEF foi convidada.
Reconheceu então a UNAFE que o fato de lidarem exclusivamente com dinheiro público recomenda que os advogados das empresas públicas tenham tratamento diferenciado dos demais advogados empregados. No entanto, salientou que devem ser buscadas alternativas à transposição dos advogados de empresas públicas para as carreiras da AGU, que conta com grande resistência por parte dessas carreiras, e que qualquer outra proposta deverá ser precedida de amplo debate entre as entidades e as categorias envolvidas.
A UNAFE e a APBC afirmaram, por fim, que não se furtarão a integrar esse debate, com toda a clareza e transparência que lhes é característica.