Após terem sido expostos todos os problemas envolvendo a implantação do subsídio, dando-se destaque ao descumprimento da palavra de encaminhamento do projeto originalmente proposto, o Advogado-Geral da União informou que tem ciência de tudo e que trata do assunto diretamente com o Ministério do Planejamento, que é o Ministério responsável. Em sua visão, a questão passa por uma mudança de paradigma, hoje ainda adstrita ao Poder Executivo, o que não se coaduna com a natureza das atividades da Advocacia Pública Federal, voltada para a atuação perante o Judiciário.
Ante a solicitação de que se apresentasse um calendário para definição dessas questões, o Advogado-Geral da União afirmou que isso ainda não é possível, e que o ano de 2007 é extremamente desfavorável para se tratar no Governo de questões afetas a aumentos do funcionalismo público, citando o PAC e a tendência do governo de ser bem menos tolerante com movimentos paredistas.
O Coordenador-Geral da UNAFE registrou então que é necessário dar conhecimento contínuo à categoria sobre como a questão remuneratória está sendo conduzida dentro do Governo, visto que a tendência é que a pressão da base por uma solução seja crescente, até por que a categoria deve demonstrar sua insatisfação em vista da evasão de quadros das carreiras, que traz evidentes prejuízos para a defesa do Estado brasileiro.
O Advogado-Geral da União destacou então a necessidade de que haja a colaboração de todos para o fortalecimento institucional da Advocacia-Geral da União, reforçando que o anteprojeto de Lei Complementar ora em debate é peça chave nesse processo.
Ao final, o Coordenador-Geral da UNAFE reafirmou o pedido da associação de desginação de reunião própria para cuidar de assuntos afetos aos projetos da entidade, já solicitada.