Ao ser indagado se aguardaria a convenção do PMDB, no próximo dia 11 de março, para anunciar os novos ministros, o presidente respondeu que a decisão depende do processo político dentros dos próprios partidos. "Não tenho compromisso de fazer (a reforma ministerial) depois da convenção ou antes da convenção. Esse não é o problema. O problema é que os partidos estão num processo de alinhamento. Ou seja, ainda não terminou esse movimento dentro dos partidos políticos, o que me dará muito mais tranqüilidade para definir a montagem do governo."
Lula disse que, até o momento, todos os ministros que fizeram parte do primeiro mandato continuam no governo e que mudanças só serão anunciadas no "momento certo". Ele não confirmou a saída ou a permanência de qualquer nome. "Até agora, todos continuam. Se você me pergunta isso daqui a dez dias, eu não sei se todos continuam, mas até agora todos continuam. O Gilberto Gil continua, o Waldir Pires continua, o Márcio Thomaz Bastos continua, o Furlan continua", afirmou em referência aos ministros da Cultura, Defesa, Justiça e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, respectivamente.
O presidente ainda não anunciou a nova equipe ministerial após a reeleição, mas já vem planejando, desde a vitória eleitoral em outubro do ano passado, o governo de coalizão para o segundo mandato. Onze partidos (PSC, PSB, PCdoB, PMDB, PP, PR, PV, PT, PDT, PTB e PRB) já anunciaram apoio ao governo nos próximos quatro anos.
Na tentativa de acomodar a base aliada no atual governo e discutir propostas programáticas até 2010, Lula já se reuniu com representantes da maioria dos partidos. Na última semana, por exemplo, ele recebeu, em seu gabinete no Palácio do Planalto, integrantes do PSB e do PCdoB. No último dia 13, antes do feriado de carnaval, reuniu-se com representantes do PP.