– Nós vamos tentar fazer um acordo de chefes de Poderes para minimizar qualquer conseqüência que houver em relação à dificuldade institucionalno relacionamento. Minimizar essas tensões que são democráticas, que são naturais, mas que não podem acabar em crise política, em crise institucional. E vamos marcar um encontro com o presidente da Câmara para que possamos fazer um esforço para tratar de uma agenda comum, de interesse do país; não do governo, mas do país – ressaltou Renan.
Ele disse que está em contato com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e que conversou por telefone com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, para organizar esse encontro destinado a fazer com que os três Poderes discutam os problemas nacionais.
– Essa coisa de tensão entre os Poderes, sobretudo entre o Legislativo e o Judiciário, não é da tradição da política nacional; precisamos minimizar isso e buscar a convergência, tratar dos interesses do Brasil. Tudo que o Brasil não quer é uma crise institucional, é uma dificuldade na relação – enfatizou.
Na mesma entrevista, Renan disse que não tem priorizado a discussão sobre diferenças salariais entre os integrantes dos três Poderes. E observou que "essas discussões menores não interessam à sociedade". Em sua opinião, o que a população quer é o crescimento do Brasil, é melhorar sua condição de vida e fazer o país evoluir historicamente.
– Eu acho que precisamos ter um encontro o mais rapidamente possível para tratar daquilo que efetivamente é interesse nacional. E deixarmos de lado essas questões menores, porque são questões que dividem. Devemos conversar, dar continuidade a essa interlocução, a essa relação que sempre foi de independência, mas de muita harmonia. Acho que temos que corporificar cada vez mais isso. O aperfeiçoamento institucional que o Brasil quer precisa desse diálogo e nós estamos dispostos a realizá-lo – garantiu o presidente do Senado.
Renan também explicou que, ao contrário da Câmara, que realizará um esforço concentrado para votar matérias na próxima semana, o Senado não precisa disso, porque não tem excesso de projetos na pauta. Disse que a Casa trabalhará normalmente, até porque já votou todos as iniciativas que precisavam ser votadas. E reafirmou que realizará, na próxima semana, uma reunião de líderes destinada a definir um calendário de votação para os próximos 100 dias.
Indagado por jornalistas sobre um projeto de reforma política que o ministro das Relações Institucionais e a Ordem dos Advogados do Brasil pretendem enviar ao Legislativo, Renan disse que o Parlamento está aberto à discussão da matéria.
– Nós precisamos mudar esse sistema político eleitoral que apodreceu no Brasil. O Senado, há mais de tr&