Segundo a Agência Câmara, o reajuste dos salários dos parlamentares "deve obedecer ao critério da inflação no momento imediato", mas a longo prazo a solução deve ser a equiparação entre os subsídios dos integrantes das cúpulas dos três Poderes. "Hoje, um ministro do Supremo ganha quase três vezes o que ganha o presidente da República", disse.
Na mesma linha, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) avalia que, com o teto, "impedem-se salários e aposentadorias exorbitantes". Para ele, o teto deve ser o salário dos membros do Poder Legislativo da União. O deputado petista criticou o que chamou de interferência do Supremo na definição da remuneração dos parlamentares. "Não cabe ao Judiciário legislar", disse. "Os três Poderes têm independência e harmonia entre si."
Para a Ajufe, é "inadequada e imperfeita" a comparação entre os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal e dos chefes dos demais Poderes da República, conforme apontaram os parlamentares.
"Os ministros do Supremo são remunerados em parcela única, denominada subsídio, diversamente dos demais poderes que, pela natureza do cargo, são destinatários de outras verbas e benefícios indiretos, que acabam por superar, em muito, a retribuição dos magistrados", diz a nota.