De acordo com o senador,essa medida, ao lado de outras, poderia gerar rendas que supririam os gastos que o governo terá de fazer para implantar o PAC em médio e longo prazos. Ele lembrou ter feito essa mesma sugestão ao ministro da Fazenda do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, Pedro Malan. Segundo Suassuna, no governo de FHC, a Receita e o INSS deixaram de cobrar cerca de R$ 375 bilhões em dívidas de empresas, entidades e de pessoas físicas, por falta de um sistema de negociação dessas dívidas.
– Para cobrir os gastos, o governo poderia formar uma comissão para estudar a terceirização das cobranças. Cheguei a me reunir com a cúpula do governo FHC, mas a proposta não teve desdobramento – disse o senador, ao enfatizar, por exemplo, que o INSS deixa de cobrar dívidas de até R$ 10 mil, alegando que tais ações acabam sendo mais onerosas para a autarquia.
Em relação ao PAC, Suassuna vê a iniciativa como um estímulo psicológico para que a Nação se una em torno do crescimento do país.
– A redução da carga tributária sobre as empresas, prometida por Lula, é um indício dessa intenção – acrescentou.
Domingos Mourão Neto / Repórter da Agência Senado. 19/01/2007 – 17h22