Data foi celebrada na última quinta-feira (8).
O Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano de 2020 a 2022. A estimativa foi divulgada em fevereiro deste ano pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). A Oncogenética pode ter um papel fundamental na prevenção e na detecção precoce de casos de cânceres hereditários. Para esclarecer diversos questionamentos, o Centro de Estudo da ANAFE realizou, nessa quinta-feira (8), uma live no instagram oficial da Entidade com o tema “Tenho vários casos de câncer na família… meu destino é o mesmo?”. O convidado foi o médico coordenador do Departamento de Oncogenética do Hospital de Amor – Barretos, Henrique Galvão.
Mediando a conversa, a Coordenadora do Centro de Estudos, Cynthia Araújo, destacou que o objetivo da live era especialmente ajudar a desmistificar e conscientizar mais sobre as diversas doenças que recebem o nome de câncer. “Hoje é uma data fixada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a gente se unir e divulgar mais sobre a importância da prevenção do câncer, especialmente em tempos de pandemia.”
O médico coordenador do Departamento de Oncogenética do Hospital de Amor – Barretos, Henrique Galvão, agradeceu o convite para participação na live. “A origem do câncer no corpo é muito variada. Somos compostos de células, como se fossem tijolinhos, com a peculiaridade que esses tijolinhos têm um manual de instrução para se replicarem dentro deles mesmos, que é o DNA, nosso material genético e é com isso que a gente trabalha”, explicou.
De acordo com Henrique, se essas células perdem o controle e começam a se proliferar descontroladamente, isso acaba prejudicando a função dos tecidos e órgãos vizinhos ou até distantes, quando há metástase, e a pessoa acaba por ter certas deficiências orgânicas.
DESMISTIFICAÇÃO
Cynthia Araújo destacou que é preciso diminuir o medo de conversar sobre câncer. “Para que seja possível fazer maior prevenção, maior detecção precoce, precisamos sim falar sobre o assunto para conseguir tratar e dar uma resposta adequada ao paciente.”
Henrique Galvão afirmou que a interdisciplinaridade no assunto é muito grande. “Quando chegamos para falar de uma ameaça e partir disso quais decisões tomar, por métodos de prevenção ou tratamento, o que envolve sempre a comunicação, isso tudo é susceptível a variáveis psíquicas e sociais da pessoa.”
CÂNCER HEREDITÁRIO
Em sua fala, o médico coordenador do Departamento de Oncogenética do Hospital de Amor explicou que câncer hereditário está em bastante evidência, desde o caso da Angelina Jolie, em 2013.
“Quando somos gerados, já temos as informações a respeito da nossa formação, inclusive de meios de defesa contra a proliferação de células. Poucas pessoas têm uma falha nessa defesa e isso está presente em todas as células do corpo dela, então, elas têm, a priori um risco maior de desenvolver essas células que crescem descontroladamente. Na população geral de pessoas que já tiveram diagnóstico de câncer, essas síndromes genéticas envolvem cerca de 5% das pessoas”, afirmou Galvão.
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