75,32% avaliam como satisfatórios os computadores oferecidos pela AGU, mas 43,51% consideram insatisfatórios os serviços de internet.
No momento em que empresas e organizações caminham a passos largos rumo ao aumento da automação e virtualização de processos produtivos e decisórios, na Advocacia-Geral da União ainda são tímidas as iniciativas para inserção da instituição nessa via de evolução tecnológica.
Pesquisa de condições de trabalho realizada pela UNAFE mostra que embora 75,32% dos Advogados Públicos Federais participantes avaliem como satisfatórios, em quantidade e qualidade, os computadores oferecidos pela Administração para o exercício de suas funções, 43,51% consideram insatisfatórios os serviços de internet disponibilizados.
O dado é preocupante pois revela que quase metade da força de trabalho da AGU enfrenta dificuldades para a execução das tarefas mais elementares do seu cotidiano de trabalho, que exige desses profissionais trabalhar em ambiente virtual e estar conectado a redes públicas e privadas. Hoje, um serviço de internet rápido e de boa qualidade é ferramenta elementar para o trabalho de qualquer advogado, público ou privado.
No âmbito do poder público, o Judiciário se destaca pelo avançado estágio de virtualização de seus processos. Contudo, no Executivo parece ainda distante a implantação efetiva de processos administrativos eletrônicos, por exemplo, e a AGU, órgão pelo qual se realiza a interface mais estreita com o Judiciário, parece ainda estar longe de ter condições materiais para acompanhar o avanço deste último nessa seara.
Outro dado importante, é que 66,88% dos participantes da pesquisa consideram haver carência de recursos humanos de apoio à atividade fim da AGU nas áreas de informática, computação e tecnologia da informação.