A enquete eletrônica disponibilizada pela UNAFE após reunião com o Ministério do Planejamento em que o Governo apresentou proposta de reajuste de 15,8% em três anos, contados a partir de janeiro de 2013, foi rejeitada pelos associados da UNAFE por 66,45%. A enquete também foi disponibilizada por outras associações e sindicatos da Advocacia Pública Federal às suas bases, que igualmente rejeitaram a proposta
Está marcada para amanhã, 25, nova reunião com o Governo Federal quando os representantes das associações e sindicatos da Advocacia e Defensoria Públicas Federais irão informar o resultado da deliberação das respectivas bases. A expectativa é de que o Governo Federal se manifeste na reunião de amanhã sobre contrapropostas das entidades, mais favoráveis às Carreiras.
Na enquete eletrônica da UNAFE, que ficou disponível na área restrita do site durante toda a semana, foi definido também que, caso o Governo Federal não apresente contraproposta na reunião agendada para sábado, 25, está aprovada a greve a partir do dia 27 de agosto.
A Diretoria da UNAFE destaca a importância do compromisso com a efetiva participação na greve a partir desta data, principalmente por se tratar da última semana de negociações para reajustes no ano que vem, segundo o Governo.
As entidades farão na próxima terça-feira, 28, uma paralisação geral da Advocacia e Defensoria Públicas Federais DANDO O SANGUE, VERMELHO, PARA O PAÍS, fazendo uma grande coleta de sangue em hospitais/hemocentros. Na próxima semana também serão programadas paralisações pontuais de suas atividades, caso a reunião de sábado, 25, reste novamente infrutífera.
Na tarde da última quarta-feira, 22, a UNAFE, inclusive, já protocolou na AGU, Ofício informando ao Advogado-Geral da União sobre a proposta apresentada pelo Governo, a abertura de deliberação sobre a mesma por seus associados e, consequentemente a possibilidade de paralisação das atividades a partir do dia 27 de agosto, caso a negociação salarial não evolua, cumprindo assim os termos da lei n. 7783/89, aplicável à Administração segundo precedentes do Supremo Tribunal Federal, no que tange a necessidade de aviso ao empregador com 48h de antecedência do início da paralisação.
De acordo com os representantes das Carreiras, o reajuste não cobre a inflação dos últimos três anos nem dos próximos três. Outra insatisfação é quanto ao fato de que pontos importantes levados à mesa de negociação estarem sendo ignorados pelo Executivo, como o envio ao Congresso Nacional de proposta legislativa para o adicional de difícil provimento, o pagamento de honorários de sucumbência e a falta de tratamento isonômico entre as funções essenciais à Justiça.