A Advocacia-Geral da União e a Ouvidoria-Geral da instituição começaram na última segunda-feira (03/05), uma campanha, em Brasília (DF), para arrecadação de potes de vidro de café solúvel e maionese vazios, utilizados para armazenar leite materno doado aos hospitais da capital. A idéia surgiu após a Assessoria de Comunicação (Ascom) tomar conhecimento da falta dos frascos no Hospital Regional do Gama (HRG), cidade satélite do Distrito Federal. Em campanha, realizada por um mês, o HRG conseguiu apenas 15 recipientes, enquanto a expectativa era de obter 400.
A coordenadora do Banco de Leite do HRG, Luciana Guedes Ribeiro, informou que o problema não atinge apenas o HRG, mas todos os hospitais públicos do Distrito Federal. “Distribuímos o leite arrecadado para os outros hospitais e para mães com problemas na amamentação, mas sem os recipientes adequados para tratar e armazenar o produto há o risco de termos que rejeitar doações de mães”, lamentou. No hospital, todas as crianças são alimentadas com leite materno. “O berçário conta com 19 crianças, e há mais 60 na maternidade. Os prematuros são os que mais necessitam”, alertou.
Para garantir a saúde do bebê e durar mais tempo, o leite materno precisa ser pasteurizado: processo usado em alimentos para destruir microrganismos patogênicos ali existentes. Atualmente, existem 600 potes no congelador ou na pasteurização. São necessários pelo menos 1.000 no Banco de Leite, para atender a demanda também de outros hospitais.
Antes disso, o leite materno passa por um controle de qualidade. Ele é analisado, e impurezas como pele ou fios de cabelo descartam o produto. Os bons vão para a pasteurizadora. Os vidros ficam em água quente a 62,5° Celsius por 15 minutos e em seguida são resfriados. Depois, técnicos verificam a acidez e se, ainda, há microrganismos. Aqueles com resultado positivo também são jogados fora.
A pasteurização, segundo Luciana Ribeiro, é feita em uma quantidade determinada de leite, utilizando potes iguais: ou seja, ou só de café ou só de maionese. Os frascos com o leite passam por vários processos de resfriamento e aquecimento. Por isso, ficam mais frágeis e se desgastam muito rápido.
Após esse processo, cada frasco dura, aproximadamente, quatro meses. O leite sem pasteurizar dura apenas 15 dias e pode ser armazenado em qualquer frasco de vidro. “Porém, o pasteurizado, que tem validade de até seis meses, precisa ser feito em potes padronizados”, alertou a coordenadora do Banco de Leite do HRG.
Os vidros poderão ser deixados na entrada do edifício sede da Advocacia-Geral da União, na Escola da AGU, e nas Procuradorias Regionais Federal e da União da 1ª Região (PRF/PRU), onde ficarão dispostas caixas coletoras.
A campanha conta ainda com o apoio da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe); Associação Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf); Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni); Associação dos Servidores da AGU (ASAGU); Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz); Associação Nacional dos Procuradores da Previdência Social (Anprev) e Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia-Geral da União (Anajur). Cada associação terá uma caixa em lugar estratégico para a arrecadaçã�”.” . $!�����1s1s